Tem dias que a gente não quer dormir, não quer descansar. A gente quer dar uma morrida. Mas não tem nenhum indício suicida no meu post. É uma morrida passageira. Morrer uns três dias direto. Porém, sem dor e sem aquele desconforto de dormir mais de 10h e acordar cansado, com o braço babado e a cara marcada. Isso também não teria na minha sugestão de óbito programado. Ninguém sofre, chora, nem sente falta. Não tem velório, nem essas coisas de flores e o caramba. Só uma leve desfalecência. Nada passa pela cabeça. Nem sonho, nem ronco, nem luz batendo na cara. Burocracia de defunto, nem pensar. Autópsia? Não desejaria isso ao meu pior sucumbido. Só aquela extinção de mim mesmo. O sublime desaparecimento em corpo presente. Daí a gente ressurge, com aquele vigor que precisava, sabe? Chega na galera e já manda aquela satisfação marota. Fala ae, pessoal. Bora tomar uma cerveja? Eles vão olhar com aquela cara de quem morreu e não foi enterrado. Mas só quem sabe a delícia de falecer um pouquinho é você. Eu queria.

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